A Transitória Parker 41

A Parker lançou a "41" em 1956 e pretendia com essa caneta, atingir um público que não queria comprar uma "51" pelo seu alto preço e que também não desejava uma "21" por achar que ela não dava o devido status.

Assim, a "41" surgiu para atender uma clientela insatisfeita com os modelos Parker existentes no mercado, e por um preço que deveria ser entre o da "51" e o do "21". É um pouco menor que a "51", apresentando 135mm de comprimento e o seu diâmetro é de 12,5mm na tampa.

As grandes diferenças entre essas canetas são:

  1. A "51" tem pena de ouro e as "41" e "21", pena de octânio (uma liga de oito metais.
  2. A "51" tem na tampa uma jóia de madrepérola; a "41" uma jóia plástica preta e a "21" não tem jóia. Uma coisa porém é certa, a "41" veio com um único tipo de tampa, em aço escovado, onde na borda está escrito Parker "41". Veja na foto a seguir o detalhe da jóia e da tampa da "41".  
  3. Os mecanismo metálicos de enchimento da "21" e "41" são idênticos, entretanto algumas "41" têm os dizeres "Parker "41", enquanto nas "21" apenas "Parker" ou "Parker 21" (nas "21" do primeiro tipo). Os mecanismos são intercambiáveis e tudo leva a crer que a Parker aproveitou muita coisa da "41" (menos a tampa, evidentemente) na "21" e vice-versa, criando assim uma série de variantes. Veja o mecanismo de enchimento na foto a seguir: 

Existem controvérsias sobre as cores dos corpos das 41,mas no Livro Fountain Pen of The World de Andreas Lambrou são citadas 9 cores, conforme a seguir: 

  • Preta - black
  • Red - Vermelha
  • Charcoal - cinza carvão
  • Coral - pink, coral 
  • Turquoise - turquesa
  • Light Green - verde clara
  • Green - verde
  • Light Blue - azul claro ou azul real
  • Dark Blue - azul escuro 

A foto a seguir mostra estas canetas na mesma sequência de cores apresentadas acima. 

A "41" hoje é uma caneta muito desejada, sendo que algumas cores são bastante raras. Entretanto, teve vida curta: apenas 2 anos pois a Parker em 1958 tirou-a de linha. 

Star Fountain Pen - Setembro de 2002

As canetas fotografadas fazem parte da coleção de Humberto Sanches

Texto por: Humberto Sanches
Fotos por: Miro Pedroso